Quando o filme Mortal Kombat de Paul WS Anderson foi lançado 25 anos atrás, poucas pessoas tinham esperança para isso. Na época, as adaptações de videogame não eram vistas como fáceis de ganhar dinheiro por Hollywood. E flops como Double Dragon e Super Mario Bros. nos anos anteriores não deixaram ninguém muito otimista sobre qualquer tipo de sucesso.
No entanto, Mortal Kombat Conquest saiu dos portões balançando. Na verdade, ele venceu todos os seus concorrentes ao ocupar o primeiro lugar nas telas de canal por assinatura, estreando nas telinhas americanas em agosto de 1998 no canal TNT, mais tarde sendo exibido no Brasil pelo SBT, em meados de 2001. Embora tenha recebido críticas medianas dos críticos que odiavam a diversão, tornou-se a adaptação de videogame de maior audiência na época, custando cerca de US $ 16 milhões aos cofres da Threshold e da New Line, um valor muito alto para uma série de TV nos anos 90. As gravações começaram no mesmo ano, sendo feitas em um dos parques temáticos do Walt Disney World, em Orlando, chamado Splendid China. As filmagens da primeira temporada duraram cerca de 9 meses.
Um pouco parecido com o filme de Mortal Kombat (1995), porém, os atores e a equipe rolaram com os socos para entregar uma extravagância cheia de ação. A série sabia exatamente o que era e nunca tentou ser mais inteligente ou altiva do que o necessário. O pico de audiência quando a galera foi à loucura na exibição do primeiro episódio "Guerreiro Eterno", onde mostra a luta no Torneio entre Kung Lao e Shang Tsung (ainda em sua forma jovem) na decisão pelo Reino da Terra. A roupa era idêntica ao do jogo MK3, incluindo chapéu. Shang Tsung também era idêntico ao mesmo game, porém as calças eram pretas e ele não possuía a tatuagem sobre os olhos.
Embora os efeitos especiais possam parecer um pouco datados hoje (embora não mais do que o horrível filme Mortal Kombat: Aniquilação), é notável como Lawrence Kasanoff e sua equipe conseguiram fazer uma série parecer tão boa e inovadora em 1998-1999, tendo melhor aceitação do público, mais ainda do que Xena: A Princesa Guerreira (1995).
Você pode se surpreender em saber que o co-produtor Dean Barnes falando em entrevista disse:
“Gostei muito do programa e todos ficamos desapontados por não haver uma segunda temporada.”
Enquanto o enredo do filme Mortal Kombat pode ter sido fino como papel e uma jornada de guerreiro genérico, foi a química e do elenco de Mortal Kombat Conquest e a semelhança com os games da época que elevou a série, tornando-a obrigatória para fãs da franquia.
“Larry Kasanoff, os caras do Midway, a New Line Television, Steve Hattman, até mesmo o elenco e os diretores, todos opinaram. É assim que sempre é. Você escreve as melhores histórias que pode como parte de uma equipe.” - Afirma James Cappe, consultor executivo da série na época.
"Queríamos criar um final de temporada legal. Tínhamos toda a intenção de retornar e trazer de volta a maioria dos personagens, embora não tivéssemos pensado em como isso aconteceria. Quando a série foi cancelada, nunca tivemos a chance."
Claro, todos estavam sintonizados para o combate - e a série Mortal Kombat Conquest entregue em massa, pois trouxe os melhores artistas marciais para treinar os atores e executar algumas das sequências. Surpreendentemente, o primeiro corte da série foi considerado deficiente no departamento de luta, então Paolo Montalban, o ator que interpretou Kung Lao, se encarregou de algumas refilmagens. Ele coreografou e filmou algumas novas cenas de luta, enquanto também se machucava no processo.
Deixando de lado as cenas de luta de cair o queixo,a série também é lembrado com carinho por sua trilha sonora que mesclava heavy metal e techno. Todos ficavam animados quando as batidas começavam a tocar nas cenas de luta. A trilha sonora da série foi totalmente produzida por Jonathan Sloate (do musical A Torre de Babel).
Personagens como Quan Chi (interpretado por Adoni Maropis), Reiko, Rain, Noob Saibot, Smoke, foram mostrados na série, além dos clássicos Scorpion, Sub-Zero, Reptile, Kitana, Mileena e Goro (animação 3D). Conquest abriu portas para personagens novos que faziam referências a outros, tais como Tomás (Jhonny Cage), um bom lutador, educado, loiro e de olhos azuis, com o famoso golpe do soco entre as pernas (golpe do Cage, quem não conhece?)
Qali (total referência a Jade, inclusive na cor da pele), fiel amiga da Princesa Kitana, entre outros.
Personagens como Takeda (recente nos games atuais MKX), na série, era um guarda-costas que serviu como hospedeiro pro Escorpião (Scorpion), tornando o espectro em um ninja, Mestre Cho, Omegis (feiticeira imortal), Cassar (irmão do Siro) e demais, fizeram suas aparições para dar um tom breve mas importante na história.
A cada episódio o trio que era formado por Kung Lao, Siro e Taja (inspirados em Liu Kang, Jhonny Cage e Sonya Blade) enfrentavam inimigos enviados por Shao Kahn e Shang Tsung na tentativa de matá-los, alem de personagens aleatórios que tinham propósito diferente.
A série também serviu para mostrar os clãs conhecidos como Lin Kuei e seus Grão-Mestres, o clã Shiray Ryu, os reptilianos de Zaterra, a organização Black Dragon (A qual o Kano fez parte nos tempos atuais), ladrões e muitos outros também foram exibidas nas telinhas.
Sem esquecer de mencionar o trio de assassinas do feiticeiro Quan Chi, que era formado pelas belas Siann, Sora e Mika, (inspirada no trio que surgiu no game Mortal Kombat Mythologies: Sub-Zero, formado por Sareena, Kia, e Jataaka).
Em um dos episódios, o ninja Sub-Zero é enviado atrás do Cristal, uma pedra preciosa e vermelha, capaz de fazer viajar pra qualquer lugar do Universo (inspirado na missão do mesmo jogo onde o objetivo é recuperar o amuleto).
A série teve ótimas referências e curiosidades que a geração atual só saberá assistindo essa relíquia. Uma delas são as espadas do Kabal, que estranhamente na série são usadas pelos ninjas do Clã Shiray Riu (clã do Scorpion, mostrado no episódio 15 "A Serpente & o Gelo") ao atacar a família de Sub-zero.No episódio final da série o Deus do Trovão e protetor da Terra, Raiden, saca o seu Martelo (que vemos no jogo MK4) e enfrenta o terrível Shao Kahn.
Não podemos deixar de citar os famosos "Fatalities", que também foram mostrados na série como referência fiel aos games, porém muitos deles apareceram como habilidades especiais no decorrer dos episódios mas os fãs conseguiram receber com muita positividade.
E como esquecer das beldades que apareciam na série? Algumas delas fizeram trabalhos adultos (se vocês me entendem), mesmo tendo a faixa etária na época para 12 anos, o seriado ganhou restrições em alguns países como Japão (exceto aqui no Brasil, que passava em horário nobre aos sábados e domingos no SBT). Mas só fez alavancar ainda mais a audiência.
Já está mais do que na hora da série voltar às telas, enquanto isso não acontece vocês acompanha as redes sociais e fã page em @mkaconquista
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